O presidente-executivo da Sony, Howard Stringer, não se desculpou pelo atraso da empresa em informar mais de 100 milhões de clientes de sua rede PlayStation Network (PSN) sobre o incidente no qual dados das contas de usuários foram roubados por hackers em abril.
Em uma radical mudança em relação ao tom de arrependimento de duas semanas atrás, quando executivos da empresa se curvaram em um pedido de desculpas no Japão, Stringer rebateu críticas a condutas da companhia antes do ataque, assim como seu tempo de resposta à crise.
"Essa foi uma situação sem precedentes", disse Stringer a jornalistas nesta terça-feira (17), falando publicamente pela primeira vez desde o ataque hacker.
"A maioria dessas violações de segurança não é nem divulgada pelas companhias. Das empresas, 43% notificam vítimas em até um mês. Nós divulgamos em uma semana. Vocês estão dizendo que uma semana não foi rápido o bastante?", disse.
O ataque, considerado o maior na história da internet, fez com que a empresa japonesa desativasse sua PlayStation Network e outros serviços on-line por quase um mês.
A Sony recebeu críticas por ter aguardado uma semana antes de avisar os clientes sobre o ataque e o possível roubo de informações de cartões de créditos, o que resultou em pedidos formais de investigação.
A empresa afirmou que espera ter custos financeiros decorrentes da invasão, mas ainda está avaliando os danos.
"Haverá custos pelo fato de o sistema ter ficado fora de operação. Custos por seguros contra roubo de dados pessoais", disse Stringer. "Os custos se acumulam, mas não em um número que possamos quantificar no momento".
Um especialista estimou os custos da invasão em até US$ 2 bilhões.
Fonte:G1
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